quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Possibilidade de bons negócios para todos

Foto: Angelo Pettinati/Jornal Pampulha

Não irão faltar oportunidades para os interessados em realizar a compra de um imóvel durante o "Salão Imobiliário BH 2010", evento que começa hoje e vai até o dia 19 de setembro, na Serraria Souza Pinto em Belo Horizonte.
Como explicam os organizadores e realizadores do evento, Amaury Sodré Júnior e Sérgio Dias (foto), milhares de opções imobiliárias estarão disponíveis para os visitantes nos quatro dias da feira. Além disso, também serão ofertadas linhas de crédito para a compra financiada. "O Banco do Brasil, um dos nossos patrocinadores e apoiadores, estará presente no evento e irá oferecer linhas de crédito para os interessados", revela Amaury Sodré.
Para o profissional, essa é uma oportunidade para que o Banco do Brasil se consolide neste mercado. "A entidade, que é forte no crédito agrícola e empresarial, pretende entrar fortemente no segmento imobiliário e se tornar um dos três maiores do pais neste segmento".
"Pretendemos proporcionar ao público do mercado imobiliário um evento que ofereça a possibilidade de divulgação institucional e promocional com a venda de imóveis. Para o visitante, é uma oportunidade de encontrar no mesmo espaço os melhores lançamentos imobiliários e imóveis avulsos, em condições promocionais", completa.
Fonte: Alessandra Mizher/Jornal Pampulha

Construir Minas

Foto: Divulgação

Esta semana, BH vai ser ponto de encontro de arquitetos, designers, decoradores, paisagistas, construtores e outros profissionais que integram a cadeia da construção e reforma, como lojistas, síndicos e administradores de condomínio.
A Construir Minas 2010 (Feira Internacional da Construção) está sendo realizada no Expominas até o dia 18 de setembro. O objetivo do evento é primeiramente criar uma interação entre os profissionais da área da construção civil com as empresas do setor, que terão estandes para apresentar as tendências do mercado.
Além disso, haverá em paralelo à feira o Minascon 2010. Trata-se de um evento unificado do setor com o objetivo de enriquecer e compartilhar os conhecimentos da área entre os interessados pela construção civil. A grade da programação do Minascon traz ciclo de debates, palestras, congressos e conferências sobre as técnicas, as tendências e as novas tecnologias do mercado.
A Construir Minas é promovida pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), por meio da Câmara da Indústria da Construção, com promoção e organização da Fagga Eventos e parceria da Tambasa Atacadista.
Os interessados podem obter mais informações no site do próprio evento: http://www.feiraconstruir.com.br/mg
Fonte: Jornal Hoje em Dia/Divulgação

Caixa entrega 160 mil imóveis pelo Minha Casa, Minha Vida

Foto: Jornal Extra/Divulgação

A Caixa Econômica Federal divulgou na última segunda-feira um balanço do “Minha Casa, Minha Vida” contabilizando 630.886 unidades contratadas no período de março de 2009, data de lançamento do programa habitacional, até setembro deste ano. Do total, 160.883 mil moradias - o correspondente a 25,5% dos contratos - já foram entregues. Destas, 39% foram destinadas a famílias com renda de até R$ 1.395 (o equivalente a três salários prontas, com 91.008 chaves entregues. Famílias com renda entre seis e dez salários (R$ 2.790 a R$ 4.650) receberam apenas 6.601 imóveis do programa.
Somente em 2010, foram fechados 355.358 contratos, que absorveram R$ 21,8 milhões em recursos. De acordo com a Caixa, 418.860 unidades ainda estão sendo analisadas. Caso 100% delas sejam contratadas até o fim do ano, o banco vai superar a meta estabelecida pelo governo de um milhão de unidades, com 1.044.276 contratos assinados.
Estado atinge só metade da meta prevista - Segundo os dados divulga¬dos pela Caixa, o Estado do Rio contratou 36.769 unida¬des por meio do programa “Minha casa, minha vida”, até o início de setembro des¬te ano, o que representa apenas 49,3% da meta esti¬pulada inicialmente pelo go¬verno, de 74.657 moradias.
Desde março de 2009, o banco investiu R$ 2.420 bi¬lhões do programa no esta¬do. Em 2010, foram R$ 776 milhões, com a assinatura de contratos para a construção 9.586 unidades.
A superintendente regional da Caixa no Rio, Nelma Tava¬res, afirmou que o fato de o estado ter contratado menos da metade das unidades pre¬vistas até agora não assusta, uma vez que o banco esperava um maior número de assina¬turas no segundo semestre.
Segundo Nelma, existem 60.136 unidades ainda em fa¬se de análise no banco, e a expectativa é contratar 100% delas, chegando a 96.905 mo¬radias até o fim do ano. Um número 30% superior ao pro¬gramado pelo governo.
Em 2010, a Caixa finan¬ciou 53.186 moradias no Rio, somando um investi¬mento de R$ 4.016 bilhões, valor 88% superior ao mes¬mo período de 2009.
Recorde de recursos - A Caixa Econômica Federal anunciou, on¬tem, um novo recorde de financiamentos habitacionais. Até setembro deste ano, o volume de recursos destinados para a compra da casa própria chegou a RS 47,6 bilhões, superando o montante emprestado em 2009, de R$ 47,05 bilhões. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o crescimento chega a 87,6%.
Licenças para construir - A Secretaria Municipal de Urbanismo divulgou ontem que 18 mil unidades residenciais foram licenciadas na cidade no primeiro semestre de 2010, superando em 67% o mesmo período de 2009, com 11 mil novos imóveis. As construções não residenciais também aumentaram, superando em 141% as permissões do primeiro semestre de 2009.
Fonte: Jornal Extra/Divulgação

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Refúgios dentro de casa

Foto: Eduardo Almeida/RA Studio


Seja por razões financeiras, sensação de insegurança ou comodidade, há quem dispense as baladas e dê preferência a curtir seu cantinho, só ou muito bem acompanhado. Com várias opções disponíveis no mercado de produtos, sejam móveis, sejam eletroeletrônicos, atualmente é possível ter ótimos momentos em casa. Uma das profissionais que acreditam nessa possibilidade é a arquiteta Janaína Pacheco. Segundo ela, para isso, o espaço no lar deve estar preparado para oferecer ao morador o que ele julga mais apropriado para o seu bem-estar. “O tempo hoje é o mais precioso dos bens e as pessoas querem desfrutar dele com qualidade. E a arquitetura de interiores busca a materialização disso”, explica.
Para começar a transformar, é necessário levar em conta alguns critérios, de acordo com os hábitos e desejos dos moradores, como observa a arquiteta Fernanda Curi, da Curi Arquitetura. “A função que o morador pretende dar ao espaço, o tamanho do ambiente, a sensação que vai causar e quanto quer gastar com esse projeto também devem ser considerados”, acrescenta.
Além de conhecer o desejo do morador e seus hábitos, a arquiteta Fernanda Frascoli ressalta a importância de, a partir daí, avaliar a área destinada ao projeto. “É preciso, ainda, considerar sua integração com as demais áreas da casa e sua adequabilidade ao uso proposto”, observa.
Para quem gostou da ideia e quer, ele mesmo, fazer a mudança, uma das soluções mais modernas e baratas é a pintura. A versatilidade de opções agrada a todos os gostos e possibilita dar asas à criatividade, personalizando os ambientes da casa. “Hoje existem no mercado várias possibilidades nesse sentido: efeitos decorativos imitando tecidos e materiais como o aço inox, a madeira e as pedras naturais”, exemplifica Janaína.
Outra opção apontada por Fernanda Frascoli é reaproveitar o mobiliário com pequenas intervenções que o façam parecer novo. “A personalização está em alta. Um novo tecido para um sofá antigo, uma pintura mais ousada para uma cristaleira de família, enfim, tudo isso bem escolhido pode dar um charme especial e exclusivo à casa.” Além disso, ela diz que se pode investir em bons adornos, por um preço bem acessível. “Mas é preciso garimpar um pouco”, completa.
A arquiteta Fernanda Curi aponta que uma forte tendência atualmente é criar varandas (espaços) gourmets. “Para quem não quer gastar muito com equipamentos, pode ter o apoio da cozinha”, lembra. A grande disponibilidade de eletroeletrônicos no mercado também ajuda a criar ambientes aconchegantes e práticos. Uma das sugestões da arquiteta para compor o espaço gourmet são adegas climatizadas. “Além delas, mobiliários descontraídos, cores neutras e iluminação indireta”, acrescenta.
INVESTIMENTO
Espaço para refeições ao ar livre, ambiente para meditação, local para o café da tarde e cantinho para leitura são só alguns dos ambientes que podem ser especialmente criados para se divertir ou relaxar em casa. Para isso, alternativas simples e, muitas vezes, baratas não faltam. Poe exemplo, som ambiente e artigos que trazem conforto e um requinte especial, como velas e aromatizadores. Com tantas opções, é preciso cuidado para não exagerar na dose.
Para que isso não ocorra, Fernanda Curi sugere usar cores neutras nos elementos principais – piso, parede, cortina, móveis – e cores fortes e estampas nos detalhes. “Como em almofadas, adornos, uma poltrona ou uma mesa lateral e bancos. Assim fica mais difícil de errar”, diz.
Janaína Pacheco (foto) também aposta no emprego de cores neutras no mobiliário, ousando-se em algumas peças. “Outra dica é não encher os ambientes de móveis. Assim, os espaços tendem a ficar mais amplos e isso melhora a leitura do conceito decorativo da casa”, observa a arquiteta.
Acertar na escolha dos elementos de composição dos ambientes surte grandes efeitos. Para criar uma atmosfera relaxante, não precisa muito. Veja como alternativas simples aumentam o bem-estar de quem mora sozinho ou acompanhado.
Fonte: Júnia Letícia/Jornal Estado de Minas


sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Especulação na periferia

A pressa do governo em acelerar o Programa Minha Casa Minha Vida produz imóveis defeituosos, avaliações suspeitas e inflação no setor imobiliário
Foto: Anderson Schneider/ÉPOCA/Divulgação
A cozinheira Claricina Ribeiro Assis mora em Santo Antônio de Descoberto, Goiás, cidade do entorno do Distrito Federal que fica a 45 quilômetros de Brasília. Ela é uma das beneficiadas pelo Minha Casa Minha Vida, programa do governo federal que pretende facilitar a aquisição de moradia própria pela população mais pobre. Claricina tem sentimentos ambíguos sobre o programa. Ela se diz satisfeita por ter conseguido comprar sua casa. Mas, ao mesmo tempo, fica irritada com as condições do imóvel onde mora há quatro meses. “As paredes estão descascando”, diz Claricina. “Não tem luz nem água no banheiro. Todos os dias, eu tomo banho com água retirada de baldes, que encho na cozinha”. Claricina e os vizinhos reclamam também da falta de asfalto nas ruas do bairro Jardim Ana Beatriz. “Essa casa não vale os R$ 60 mil que dizem”, afirma.
Claricina paga prestações mensais de R$ 381, parte de um financiamento de 25 anos. Sua casa é uma entre as 600 mil habitações contratadas pelo Minha Casa Minha Vida. Uma das principais realizações do segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Minha Casa Minha Vida foi criado para reduzir o déficit de moradias para famílias com renda de até dez salários mínimos. Até agora, o governo gastou R$ 22,8 bilhões no Minha Casa e fez de tudo para acelerar o ritmo do programa, um dos trunfos eleitorais da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff.
Pelas regras do Minha Casa, Minha Vida, as famílias que ganham até três salários mínimos pagam prestações de até 10% de sua renda, durante no máximo dez anos. Quem ganha entre três e dez mínimos recebe do governo um subsídio de R$ 17 mil ou R$ 23 mil, dependendo da região do país onde mora, para comprar sua casa. A partir de uma avaliação do imóvel feita por técnicos, a Caixa paga o valor à construtora da obra. Depois, desconta o subsídio de R$ 17 mil ou R$ 23 mil e financia o resto para o comprador. Assim, quem compra uma casa de R$ 50 mil paga apenas R$ 33 mil de financiamento.
Na periferia, o preço dos terrenos disparou e está difícil encontrar
interessados em vender
O programa é uma injeção direta de dinheiro público no mercado. Mas, como toda intervenção na economia, ela provoca efeitos nem sempre desejáveis. O dinheiro novo e a pressa do governo em atingir metas fizeram os preços de terrenos em áreas pobres disparar desde o ano passado. Na região de Santo Antônio do Descoberto, onde mora Claricina, um lote de aproximadamente 300 metros quadrados – ideal para construir imóveis para o programa – era vendido por R$ 2 mil há um ano. Hoje, custa cerca de R$ 12 mil – e está difícil encontrar quem quer vender. “A construção de casa popular é um negócio tão bom que até dono de supermercado está entrando e contratando a gente”, afirma o pedreiro José Nílton Lima, que trabalha para construtoras locais e não tem ficado sem serviço.
Há 3.256 empresas habilitadas a construir para o Minha Casa Minha Vida. Outras 943 têm propostas em avaliação pelo banco. A Caixa fecha, em média, 2.100 contratos por dia pelo programa. O corretor de imóveis Lênio Diniz Neto, que trabalha na região de Valparaíso, Goiás, no entorno de Brasília, partiu para o ramo da construção. “Levantei 18 casas na região, e todas foram vendidas”, diz Neto. “A lucratividade na construção da casa pode chegar a 100%. Que aplicação vai me render isso?”
O governo tem tido dificuldade de construir casas em grandes regiões metropolitanas, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, por causa da escassez de terrenos. O preço de terrenos mais adequados para projetos do Minha Casa Minha Vida subiu tanto que torna a construção inviável em alguns lugares. Na periferia de São Paulo, o preço do metro quadrado dobrou em um ano.
A especulação imobiliária está criando distorções. Como no caso de Claricina, a Caixa pode estar pagando valores que, muitas vezes, não correspondem ao preço do imóvel. Há grandes diferenças de preços entre casas de padrões parecidos e localizadas no mesmo bairro. Em março do ano passado, um imóvel de 57 metros quadrados em Santo Antônio do Descoberto foi avaliado em R$ 45 mil pela construtora Moraes & Andrade Consultoria Ltda., contratada pela Caixa. Um ano depois, uma casa menor e localizada em um lote com metade do tamanho foi avaliada em R$ 75 mil por outra empresa contratada, a Patrimônio Engenharia – uma diferença de mais de 60%. O proprietário da Patrimônio, Jair Bizerra Araújo, afirma que a Caixa não questionou a avaliação da Patrimônio. “Sou ex-funcionário da Caixa e minha empresa trabalha há quase oito anos para o banco”, diz Araújo. “Não tive problema algum nesse tempo. Emprego metodologia científica em nossas avaliações e estou muito tranquilo.” A Caixa afirma que “em princípio não há indícios de superavaliação, porém essa questão será apurada de forma técnica”. A Caixa terceiriza parte das avaliações porque seu quadro de engenheiros é insuficiente para atender à demanda crescente de pedidos. Mas o banco tem dificuldades para fiscalizar devidamente o trabalho dos terceirizados.
O mercado imobiliário é uma área dinâmica, mas delicada, da economia de qualquer país. A crise financeira que abateu o mundo a partir de 2008 e ainda provoca efeitos na Europa e nos Estados Unidos nasceu de distorções no mercado imobiliário. Programas de incentivo para compra de imóveis nos Estados Unidos levaram à abertura de linhas de crédito nos bancos. Com dinheiro fácil em caixa, os bancos passaram a emprestar dinheiro sem critério. Ao mesmo tempo, criaram produtos financeiros sofisticados, derivativos chamados de “subprime”, baseados nesses financiamentos. s Quando a inadimplência atingiu níveis insuportáveis, o sistema implodiu. Milhares de americanos faliram, o preço dos imóveis despencou – e não se recuperou até hoje – e grandes bancos quebraram por conta de bilhões de dólares investidos nos produtos financeiros lastreados nos títulos podres.
As diferenças para o que ocorre no Brasil são enormes, mas o exemplo serve de alerta. O aumento no valor dos imóveis provocado pelo financiamento do Minha Casa Minha Vida pode levar a um crescimento na inadimplência se não houver fiscalização rígida. Como muitas pessoas beneficiadas pelo programa são profissionais autônomos e não têm renda garantida, dependem do bom desempenho da economia para manter o poder de compra. Caso essas pessoas deixem de pagar e a Caixa precise retomar o imóvel, dificilmente recuperará o dinheiro. A Caixa afirma que a inadimplência no Minha Casa Minha Vida é de 1,37%, uma das menores do Sistema Financeiro Habitacional.
A pressa do governo em entregar casas também está sendo aproveitada pelas construtoras e prejudicando os compradores. Na ânsia de receber logo o dinheiro da Caixa, construtoras têm entregado casas malfeitas. A poucas quadras do imóvel da cozinheira Claricina Ribeiro Assis, a aposentada Maria Castro da Silva, de 80 anos, só consegue entrar em casa, construída num terreno inclinado, pelos fundos. A pressa da construtora em finalizar a casa foi tão grande que não foi feita escada ou rampa pela frente. Até agora, as 600 mil moradias contratadas pelo governo representam 60% da meta traçada para o Minha Casa Minha Vida. De acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o governo deverá contratar 850 mil unidades até dezembro.
Recentemente, o governo anunciou o lançamento do Minha Casa Minha Vida 2. A previsão é investir cerca de R$ 70 bilhões para construir mais 1 milhão de imóveis até 2014. Uma das promessas da candidata petista ao Planalto, Dilma Rousseff, é incluir móveis e eletrodomésticos no Minha Casa Minha Vida 2 e dotar as casas de aquecedores solares para baratear a conta de luz. Mas, em alguns Estados, a primeira versão do programa ainda engatinha. As contratações de imóveis para pessoas que ganham até três salários mínimos, onde está a maior parte da população sem moradia, não chegam a 10% da meta.
A Caixa desencadeou varredura em projetos depois de distorções
verificadas por ÉPOCA
Após as perguntas feitas por ÉPOCA sobre as distorções no Minha Casa Minha Vida, a Caixa tomou providências em relação ao programa. A chefia do banco desencadeou uma varredura em projetos pelo país. Foram feitos questionamentos à área responsável pelas avaliações. Quando foi procurada por ÉPOCA sobre o caso das casas em Santo Antônio do Descoberto, a Caixa disse que não havia financiado a construção dos imóveis. O financiamento teria sido feito pelas construtoras e que as operações representariam uma “parcela mínima de operações no contexto do volume total de financiamentos no âmbito do Minha Casa Minha Vida”. Apesar de minimizar o problema, a Caixa decidiu descredenciar construtoras responsáveis pelas obras em Santo Antônio do Descoberto, Goiás. Técnicos da Caixa também visitaram a casa de Claricina Ribeiro Assis e resolveram o problema da falta de água no banheiro. “Agora estou esperando arrumar as paredes”, afirma Claricina. “Sonho também com o dia em que teremos asfalto aqui.”
Fonte: Revista Época

Crédito para casa própria deve superar R$ 70 bi este ano, diz Caixa

Foto: Google Imagens

Em 2010, o crédito para financiamento imobiliário da Caixa Econômica Federal deverá ultrapassar R$ 70 bilhões, um recorde histórico, segundo o banco. A projeção anterior do banco era de R$ 60 bilhões até o final de dezembro. Se concretizada a previsão da Caixa, o banco fechará o ano com crescimento de 48,8% no crédito imobiliário.
"[O recorde] é absolutamente histórico. Só para se ter uma ideia: a gente começou em 2003 com R$ 5 bilhões em crédito. Nós tivemos no ano de 2008, que já foi um recorde, R$ 23 bilhões. No ano passado, chegamos novamente a um recorde, de R$ 47 bilhões", disse a presidente do banco, Maria Fernanda Ramos Coelho, nesta quinta-feira (9).
De acordo com a presidente, a Caixa deverá terminar 2010 com 1 milhão de contratos de financiamento, que também é recorde histórico.
Os recursos para a oferta recorde do crédito estão garantidos, conforme informou Maria Fernanda. "Para toda a projeção de 2010, já há garantia [de recursos], seja do FGTS [Fundo de Garantia do Tempo de Serviço] ou do SBPE [Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo]", disse.
De acordo com a instituição, neste ano, até o último dia 3 de setembro, o valor emprestado para habitação chegou a R$ 47,6 bilhões, volume que já é maior do que concedido durante todo o ano passado (R$ 47,05 bilhões).
Em 2009, durante todo o ano, foram concedidos R$ 47,05 bilhões, recorde para um ano até agora. Em 2008, o volume foi de R$ 23,3 bilhões.Do valor total aplicado pela Caixa, R$ 21,4 bilhões tiveram como fonte de recursos a caderneta de poupança e R$ 20,7 bilhões são do Fundo de Garantia do Tempo de Serviços - FGTS. O restante vem de outras fontes.

Minha Casa, Minha Vida

De acordo com a Caixa, desde abril de 2009, quando o programa Minha Casa, Minha Vida foi criado, foram contratadas 630.886 mil unidades habitacionais, no valor de R$ 35,85 bilhões. Estão em análise pelo banco propostas para outras 418.860 moradias.
Considerando apenas 2010, o número de contratos corresponde a 355.358 moradias no valor de R$ 21,8 bilhões.

Mais fontes de dinheiro

Conforme informou a presidente da Caixa, a instituição já estuda outras formas de captação, através de securitização ou captação internacional, poupança. "Não há nenhuma difculdade para o cidadão comprar sua casa", disse Maria Fernanda. No mês passado, o vice-presidente de controle e risco da Caixa Econômica Federal, Marcos Vasconcelos, já havia dito que o banco pretende captar dnheiro no mercado ainda este ano para usar no crédito imobiliário, porque os recursos do FGTS e da poupança que financiam os programas de habitação e concessão de crédito imobiliário no Brasil serão insuficientes no futuro.
O executivo prevê que o volume concedido em crédito imobiliário cresça para até 10% do Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos anos. Atualmente, o volume representa 4% da riqueza produzida pelo país, nível considerado baixo pelo vice-presidente da Caixa.

Securitização

De acordo com o vice-presidente de governo da Caixa, Jorge Hereda, a instituição está preparando para este ano a securitização no valor de R$ 500 milhões para usar no crédito imobiliário.
A operação deverá ter início até o final do ano, mas sem data prevista. "Devemos testar o mercado para entrar melhor no ano que vem. De qualquer forma, não teremos problema com funding. Para este ano e para o ano que vem, está tudo equacionado", afirmou Hereda. O valor total da operação, segundo o vice-presidente, seria da ordem de R$ 20 bilhões.

Fonte: Anay Cury/Portal G1

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Brasileiro quer mesmo uma casa com piscina

Foto: Jornal Extra/Divulgação

O sonho de Claudia Maria dos Santos de morar numa casa com piscina está longe de ser inédito. Uma pesquisa realizada pela construtora Living, do grupo RJZ Cyrela, em seus estandes de venda, mostra que a piscina é o item mais desejado pelos futuros moradores.
“Com o programa habitacional “Minha casa, minha vida”, ficou viável colocar itens de lazer até em condomínios populares. O consumidor quer o que cabe no bolso, mas escolhe o que tem maior apelo”, afirma Alexandre Calazans, gerente de incorporações da Living.
Com aproximadamente 1,7 milhão de piscinas instaladas, o Brasil é o segundo maior mercado do mundo, atrás somente dos Estados Unidos.
Embora seja o principal, esse não é o único item pedido pelos entrevistados. Depois da piscina, a opção de lazer mais citada foi a churrasqueira. Quadras poliesportivas e academias não foram esquecidas, mostrando a vocação do carioca ao esporte e à busca de uma vida saudável.
“As construções do “Minha casa, minha vida” atingem, em sua maioria, pessoas de bairros mais distantes do centro da cidade, acostumadas a morar em casas. Por isso a piscina e a churrasqueira têm tanto apelo”, diz Calazans.
Mas e o condomínio? Itens de lazer geralmente fazem com que o valor da cota mensal seja alto. Segundo ele, os novos empreendimentos possibilitam que a taxa não custe caro, devido ao grande número de apartamentos.
“Os novos condomínios têm, geralmente, mais de 400 unidades. Com mais gente para dividir os custos, a cota condominial não pesa tanto no bolso. Como apenas a piscina tem manutenção, o rateio mensal fica entre R$ 100 e R$ 200″, afirma o gerente da Living.
Fonte: Jornal Extra